terça-feira, 23 de setembro de 2008

Arte e paisagens

Exposição Arte e paisagens



Texto de Abertura

O que é mais prudente?
Uma característica que a faz diferente de todas as outras?
A liberdade é o traço marcante?
Paisagem natural e paisagem urbana?
Natureza ou tecnologia?
Sujeito ou objeto?
Aquilo que tem significado e aquilo que não tem ou se perdeu?


Naturalmente, a ação artística não vive e não se mobiliza no vazio, mas no ambiente valorizante, é ligada com a realidade apreciada e é aproximada pelo ato, precisa da expressão e amadurece continuadamente.

Muitas indagações começam quando interações crucias se formam à apreciação.
Cada paisagem precisa do olhar atento do espectador que contribui para os significados subjetivos, percepção e memória do ambiente natural.

A arquitetura que se refere à arte ou a técnica de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano.
Esta conceituação nos faz ver a interferência que as idéias dos seres humanos provocam nas paisagens.

Este paradigma é característico em conjunto com suas paisagens pitorescas idealizadas; Transformam a sociedade, esta mesma que na arquitetura que se manifesta de dois modos diferentes, enquanto atividade (ofício do arquiteto) e o resultado físico (o conjunto erigido de um arquiteto, de um povo e da humanidade como um todo).

Paisagens concebidas ou experimentadas, todas elas e sua particularidade enunciam valores de harmonia, suavidade, equilíbrio e orientação.

Agora o observador recebe um convite:
De se relacionar ao meio por meio da fotografia, croquis e textos constantes nesta exposição.

Será que estes meios de representação podem expressar a maneira como as paisagens foram concebidas e experimentadas?


Para isso a exposição mostra cerca de 40 obras entre esboços, croquis e fotos das monumentalidades alcançadas, que representando simultaneamente, uma continuidade na abordagem de questões estruturais da obra, como o valor absoluto, ao mesmo tempo representando mudanças no modo de construção de suas estruturas.

As obras expostas permeiam entre arquitetura antiga; Arquitetura clássica; Idade Média; Renascimento; O Barroco e a Arquitetura contemporânea com nosso maior nome expoente dessa modalidade: Oscar Niemeyer.


Esta exposição traça um paralelo sobre as paisagens que tiveram por meio da produção arquitetônica impactos insofismáveis sobre a sua configuração visual, onde a memória associativa, a discussões de percepção, encantamento, quebra de antigos sistemas de razão e lógica, a necessidade de achar novos procedimentos de investigação e centralidade dos marcos, todos estes conceitos ajudarão a obter a sua resposta.


O julgamento deve-se somente a o observador, ele é o único que por meio do entendimento sobre as novas formas visuais propostas que deverá apreender sobre os momentos de inspiração surgidos, ou seja, quando uma idéia se impõe como princípio de um recurso procurado.


Que ao final desta possamos nos despedir percebendo que as preocupações estéticas se modificaram, que a sociedade durante todos os períodos vigentes sustentaram uma idéia de arte, mas algo que o contexto social e cultural permite ao artista e ao público compreender, é que a mesma obra de arte mudará de significados, terão visões diversificadas endossadas no propósito do que é considerada arte na época.

É essa a narrativa que o homem persiste ajudando a descrever. Ela não é feita apenas de ferro, concreto ou qualquer outro objetivo, é inventada, sobretudo, de aspiração e de superação das limitações: é a história das paisagens.


Ficha Técnica

Exposição: Arte e paisagens

* Artista: Oscar Niemeyer, Nicolas Antoine Taunay, Johann Bernhard Fischer von Erlach, Péricles, Mariane Peretti,Franz Xaver Segenschmid, Balthazar Neumann, John Constable, Isidoro de Mileto e Antemio de Tralles

* Curadoria: Carolina Maria S Antonio

* Nº obras: 40

* Concepção e coordenação geral: Carolina Maria S Antonio

* Museografia e Sinalização: Espaço Cultural

* Salas: 3



Obras da exposição

1ª Parte: Paisagens e suas peculiaridades
Olhando bem estas imagens conseguimos traçar entre elas o engendramento das formas, mesmo que não estejam no mesmo lugar, pertençam ao mesmo movimento artístico ou época;


Largo da Carioca, em 1816.
Óleo sobre tela (46,5 x 57,4 cm), por Nicolas Antoine Taunay.
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil






Museu de arte Contemporânea- MAC Niterói
Oscar Niemeyer
1907
Concreto armado (16m X 9m X 50 m)



Congresso nacional
Oscar Niemeyer
1956
Concreto armado ( 105m X 15m X 45m)
Brasília, Brasil


The Palm House , jardins do Palácio de Schönbrunn
Franz Xaver Segenschmid.
Ferro moldado (130 m X 28m X25m)
século XVII
Viena, Aústria




Complexo Cultural da República João Herculino, Museu nacional
Oscar Niemeyer
1999
Concreto armado (90 m X 28m)
Brasília, Brasil



Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
Oscar Niemeyer
1970
Concreto Armado (70m)
Brasília, Brasil



Basílica de Santa Sofia
Isidoro de Mileto e Antemio de Tralles
532 - 537
Alvenaria (100m X 7000m X 79,3m X 32,3m)
Istambul, Turquia



A Catedral de Salisbury vista do jardim do bispo
John Constable
1823
Óleo sobre tela (89 x 114 cm)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), São paulo, Brasil




Igrejinha Nossa Senhora de Fátima
Oscar Niemeyer
1958
Alvenaria
Brasília, Brasil


Panteão Romano
130 D.c
Roma


Residência de Wurtzburgo
Balthazar Neumann
1720 - 1744
Wurtzburgo, Alemanha



Casa das canoas
Oscar Niemeyer
1953-1954
Concreto Armado
Rio de Janeiro, Brasil


Acrópole de Atenas
450 aC
Péricles
Pedra de calcário
Atenas, Grécia


Centro Cultural Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer
2004
Concreto Armado( 40m X 20m)
Duque de caxias, Rio de janeiro, Brasil


Palácio da Alvorada
Oscar Niemeyer
1958
Alvenaria
Brasília, Brasil


Palácio de Schönbrunn
Johann Bernhard Fischer von Erlach
século XVII
Viena, Aústria



Vitral Côncavo da Catedral de Brasília
Oscar Niemeyer e Marianne Peretti
1987-1990
vidro e ferro moldado( 2.240 m²)
Brasília, Brasil


Vitral catedral de Chartres
Século XVIII
Vidro ( 130m X 46m)
Chartres, França


2ªParte : Artista Homenageado- Oscar Niemeyer


Oscar Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro RJ 1907).
Arquiteto. Forma-se, em 1934, em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Nesse período, freqüenta o escritório de Lucio Costa. Em 1936, integra a comissão formada para definir os planos da sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, sob supervisão de Le Corbusier, a quem assiste, como desenhista, durante sua estada de três semanas na cidade. Apresenta a solução adotada na construção do edifício, baseada no primeiro projeto do arquiteto suíço. Entre 1940 e 1944, projeta, por encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, o conjunto arquitetônico da Pampulha, que se configura num marco de sua obra. Em 1947, é convidado pela ONU a participar da comissão de arquitetos encarregada de definir os planos de sua futura sede em Nova York. Seu projeto, associado ao de Le Corbusier, é escolhido como base do plano definitivo. No Rio de Janeiro, em 1955, funda a revista Módulo. Em 1956, inicia, a convite do presidente da República, JK, colaboração na construção da nova capital, cujo plano urbanístico é confiado a Lucio Costa. Em 1958, é nomeado arquiteto-chefe da nova capital e transfere-se para Brasília, onde permanece até 1960. Em 1972, abre um escritório em Paris. Autor de extensa obra no Brasil, realiza também grande número de projetos no exterior, como a sede do Partido Comunista Francês, em Paris, 1967; a Universidade de Constantine, na Argélia, 1968; a sede da Editora Mondadori, em Milão, 1968. Tem sua obra exposta em mostras individuais, como Oscar Niemeyer, L'Architecte de Brasília, no Musée des Arts Décoratifs, Paris, 1965; Oscar Niemeyer 80 Anos, no MAM/RJ, 1987; Oscar Niemeyer: escultura, no MAC/Niterói, 1999, entre outras; e coletivas como From Aleijadinho to Niemeyer, no Salão de Exposições da ONU, Nova York, 1983, e Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal, São Paulo, 1984. Recebe, entre muitas outras homenagens e distinções, a Ordem de Comendador das Artes e Letras e a Medalha de Ouro da Academia de Arquitetura de Paris, 1982; o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de São Paulo, 1995; e o Prêmio Leão de Ouro, na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, 1996



Idéias, Fundação Oscar Niemeyer

"Não é o angulo reto que me atrai.

Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual.
A curva que encontro nas montanhas do meu país,
no curso sinuoso dos seus rios,
nas ondas do mar
nas nuvens do céu,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o Universo.
O Universo curvo de Einstein"


"De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte."


"Quando uma forma cria beleza tem na beleza sua própria justificativa."


"A monumentalidade nunca me atemoriza quando um tema mais forte a justifica. Afinal, o que ficou da arquitetura foram as obras monumentais, as que marcam o tempo e a evolução da técnica. As que, justas ou não sob o ponto de vista social, ainda nos comovem. É a beleza a se impor na sensibilidade do homem."

Oscar Niemeyer


3ª Parte : Croquis

Conjunto de Croquis Palácio da Alvorada, Catedral de Brasília e Congresso Nacional
Oscar Niemeyer
Brasília, Brasil




Ilustração de Niemeyer para o livro de Carlos Drummond de Andrade, Moça deitada na Cama.1989.

Sem título
Oscar Niemeyer
Serigrafia -1987-88- 55 x 55 cm



Caminho Niemeyer
Oscar Niemeyer
1997, Niterói, RJ



Projetos para Argélia
Mesquita de Argel
CArgel -1968- Argélia



MONUMENTO MEMORIAL AO GRUPO DE CAÇA
ITÁLIA




CASA DAS CANOAS
Rio de Janeiro -1951- Brasil






Croqui de Oscar Niemeyer para o projeto da Catedral de Brasília.
Catedral de Brasília

Brasilia -1958- Brasil




Centro Cultural Oscar Niemeyer
2004, Duque de Caxias, RJ



Palácio da Alvorada

Residência oficial do presidente da República -1957- Brasília


Palácio do Itamaraty
Ministério das Relações Exteriores
Brasília -1962- Brasil



Centro Cultural de Le Havre
Le Havre -1972- França


Congresso Nacional

(1958), Brasília, Brasil



MAC DE NITEROI

Museu de Arte Contemporânea -1991- Niteroi,
Rio de Janeiro, Brasil


Conjunto da Pampulha
Belo Horizonte -1940- Brasil


PASSARELA DO SAMBA
Rio de Janeiro -1983- Brasil
Sambódromo




Mão do Memorial da América Latina
Concreto( 7m X 5m)
São Paulo -1988- Brasil


Configuração de espaço

A exposição abriga 3 andares

O percurso
Linear apresenta o modelo de salas enfileiradas e diretamente interligadas, principalmente no primeiro pavimento, tendo definidos um acesso para a exposição (na 1ª sala) e uma saída (na ultima sala). Painéis de madeira com dimensões de 3.00 x 0.40 x 2.40m e 4.40 x 0.40 x 2.40m, possibilitam a criação de paredes falsas, em todas as salas, aumentando a metragem linear das exposições.

No térreo-
Estão as principais salas de exposição, sendo duas móveis; Se encontra as partes da exposição que compõe: Paisagens e suas peculiaridades
2º andar-
Neste andar ficam três espaços móveis e este andar possui uma característica importante: Ele se apresenta como forma de corredor, onde conseguimos ter uma visão do térreo; Se encontra as partes da exposição que compõe: Paisagens e suas peculiaridades.
3º andar-
Neste lugar temos acesso ao acervo do artista homenageado e uma sala de interatividade; Se encontra as partes da exposição que compõe: Artista homenageado e Croquis

Suportes
Os suportes são as paredes e painéis móveis, que obedecem a linha imaginária de altura, na horizontal de 1,60m.
Elas obedecem a três variantes: Alinhamento superior; Alinhamento central; Alinhamento inferior.

Todas as peças são protegidas por molduras;
As molduras são compostas de sanduíche de vidro anti-reflexo na frente e comum atrás com moldura de alumínio fino e fosco no tamanho 60X80cm.

Placas
Placa de identificação- para identificar o local reservado;
Placa de orientação- para serem colocadas no ambiente de exposição para o melhor posicionamento do fluxo;
Etiquetas- que deverão conter informações relativas as peças: Título da obra, Nome do autor, Ano de produção, Técnica, Medidas das obras, local;

A iluminação
Artificial:
Iluminação com luz dirigida(spot), lâmpadas halógenas e dicróicas em trilhos eletrificados possibilitam o deslocamento dos spots de acordo com o projeto museográfico, além da possibilidade de colocação de trilhos transversais complementares.

Climatização
Na área expositiva, o sistema de climatização é feito através de ar condicionado, com controle da temperatura entre 16° e 23°C, e umidade relativa entre 50 e 55%, condições exigidas pelas normas internacionais de conservação de obras de arte, e a ventilação é forçada. Nas áreas não-expositivas, a ventilação é feita através de janelas para o exterior ou dão diretamente para espaço interno, funcionando o pátio como prisma de ventilação.

Mapa do espaço

Pavilhão Térreo


2º andar


3º andar


Bibliografia

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM DA UAB NA UNB. Livros da disciplina História das Artes Visuais I[on-line] Disponível na Internet via WWW. URL:http://uab.unb.br/mod/book/index.php?id=135. Acesso em 12.09.08

ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: Do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Cia das Letras, 1993

D'ALEMBART, Clara Correia e Monteiro, Mariana Garrido, EXPOSIÇÃO - MATERIAIS E TÉCNICAS DE MONTAGEM, São Paulo: Secretaria de Estado de Cultura, 1990.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL. Artes Visuais[on-line] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2951&cd_item=1&cd_idioma=28555 . Acesso em 18.09.08

FUNDAÇÃO OSCAR NIEMEYER. Obra [on-line] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.niemeyer.org.br/0scarNiemeyer/home.html . Acesso em 12.09.08

MANUAL DE ORIENTAÇÃO MUSEOLÓGICA E MUSEOGRÁFICA, São Paulo: Secretaria de Estado de Cultura/ DEMA - Departamentos de Museus e Arquivos/ Sistema de Museus do Estado de São Paulo/ Imprensa Oficial do Estado S.A. Imesp, 1987.



quarta-feira, 25 de junho de 2008

galeria virtual

Estou estudando a importância e técnicas para difundir informação na internet.
A Internet tem tudo para ser a única mídia, em um futuro próximo. Agregando todos os outros meios de comunicação dentro de si, notícias impressas, rádios e televisão já podem ser totalmente acessados via Internet, com o enorme diferencial de que, usando a rede mundial de computadores, todas essas mídias tornam-se interativas.

O objetivo é a produção de uma galeria virtual para expor os trabalhos desenvolvidos na faculdade de Artes Visuais.
Em conjunto com a disciplina Tecnologia Contemporâneas na escola estou me atualizando horrores.
Nesta semana o Kompozer fez a festa no meu PC, é um editor HTML gratuito , não é preciso vc entender muito de programação, mas devo confessar que necessita de um certo domínio sobre a linguagem html pra sair perfeitinho.

Possui código livre, oferece recursos confiáveis e de alta qualidade.

A interface gráfica é muito agradável e de fácil uso.

sábado, 7 de junho de 2008

Mais interferências

Nesta semana mais interferências e os quadros escolhidos foram:
Três esferas de MC Escher;
Modelo de Frente de Seurat;
Totsu de Kenzo Tanaka;