domingo, 20 de setembro de 2009

Arte postal e vídeo arte

Este post é duplo, vou falar um pouco sobre arte postal e video arte.

A arte Postal é uma forma de arte que se iniciou em meados do século passado na "Correspondance Art School" de Nova Iorque e teve grande expressão nos anos 70 e 80. Ela tem como veículo de transmissão os serviços postais e, por isso, cartas, postais, envelopes, selos, etc. são alguns dos suportes em que é possível a expressão desta arte.

Os artistas de Arte Postal utilizam principalmente técnicas como colagens, pintura, fotos e escrita sobre estes suportes. A única limitação real à utilização de diferentes técnicas e suportes é a possibilidade de envio dos trabalhos pelos serviços postais de cada região.


Criei uma arte postal com conceitos de desconstrução da matéria e uma manta de palavras, utilizando ritmo, forma e fundo através de colagens.




Video arte é uma forma de expressão artística que utiliza a tecnologia do vídeo em artes visuais. Desde os anos 1960, a videoarte está associada a correntes de vanguarda

A introdução do vídeo nesse universo traz novos elementos para o debate sobre o fazer artístico. As imagens projetadas ampliam as possibilidades de pensar a representação, além de transformar as relações da obra de arte com o espaço físico.
Uma nova forma de olhar está implicada nesse processo, distante da ilusão projetada pela tela cinematográfica e da observação da obra tal como costuma ocorrer numa exposição de arte. O campo de visão do espectador é alargado, transitando das imagens em movimento do vídeo ao espaço envolvente da galeria.

As cenas, os sons e as cores que os vídeos produzem, menos do que confinados ao monitor, expandem-se sobre e ao redor das paredes da galeria, conferindo ao espaço um sentido de atividade: o olho do espectador mira a tela e além dela, as paredes, relacionando as imagens que o envolvem.
O tema da video arte é estranhamento, nele apresentam-se as reações ao se deparar com o estranho

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fotonovela

Foto novela caminho do polo...Precisa clicar para ampliar


Nessa atividade experimentamos uma publicação muito comum em décadas passadas quando a teledramartugia ainda não eram consumida maciçamente pelos brasileiros.

A fotonovela consiste basicamente em uma publicação com fotografias de cenas de uma dramaturgia, com textos que narravam as falas dos personagens, bem similar a linguagem das Histórias em Quadrinhos. É uma forma de arte sequêncial que conjuga texto e imagens, com o objetivo de narrar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas.

Nossa fotonovela é uma sátira a novela Global "Caminho das Índias"....Agora se apresenta como "Caminho do Pólo" , nela conta a estória de Lashanti a filha caçula da família Banananda, que sonha em estudar e encontra no ensino à distância a chance para isto.













domingo, 6 de setembro de 2009

Show de Truman...filme interessante


O show........

Filme de Peter Weir, O Show de Truman: o show da vida, conta a estória de um homem chamado Truman Burbank, que tem 30 anos é vendedor de seguros, e que desde o seu nascimento vive vigiado 24 horas por câmeras de televisão, mas o fato que este reality show se diferenciar dos demais, é que ele não sabe que é vigiado e nem desconfia.

Tudo em sua vida é comandado pelo diretor Christof, sua existência foi filmada ininterruptamente, desde que nasceu, sendo transmitida, como uma experiência pioneira de um "show real", pois o próprio Truman não sabe que é um personagem.
Vive numa cidade perfeita e o único problema é que não pode sair dela, por que senão o programa teria o seu fim, então toda a produção acaba por mantê-lo como um aprisionado.

Tudo é forjado e norteado por roteiros, desde o seu medo por água, por causa do trauma de infância, seus familiares, amigos, enfermidade de sua mãe, tudo para que ele nem desconfie de sua condição, nunca reflita, e abandone sua vida.

O início do filme se dá justamente na ocasião em que ele começa a desconfiar que sua vida não é real, e apesar de ser casado com a enfermeira Meryl, é apaixonado por Sylvia, principal fonte também de motivação de mudança de sua vida. Truman começa a amadurecer a idéia de encontrá-la nas ilhas Fiji, começa a desconfiar da conduta das pessoas no seu mundo, da rotina e quer viajar para apreciar outros lugares também.
Para tirar esses objetivos, os produtores do programa começam a criar situações de dificuldades e instauram o medo para tirar dele essa possibilidade de emancipação.

A cena que marca mais no filme é quando ele consegue sobreviver à tempestade criada propositalmente e chega a porta de saída, eis que fala com Cristhof, que tenta mais uma vez persuadir, ele tentou uma outra vez dizendo que poderia matá-lo, mas não seria bem quisto, não pelo ideal de liberdade e justiça, mas por uma possível queda de audiência, mas, ele genialmente faz sua saudação, passa pela porta e é aclamado pelos milhões de telespectadores, que de certa maneira acabam por se libertar deste consumo.

Os reality shows são conhecidos como uma exploração da imagem como mercadoria e os espectadores são vítimas desses sistemas dominadores, que buscam somente atender seus interesses, não se preocupam com a qualidade, impõe um arquétipo social maquiado por uma falsa e ilusório sistema de idéias. É relevante abordar que o filme possui duas óticas: O mundo experimentado por Truman, e a dos telespectadores que acompanham o programa.

O filme é uma narrativa sobre a vida das pessoas, sobre o fenômeno que a mídia exerce e sobre o que avaliamos ser autêntico para nós.
O personagem é a personificação desta crítica, pois, vivemos sobre um controle não declarado, onde consumimos determinados padrões de consumo, temos como objetivos principais a imagem e o proveito acima de tudo.

Embora vivamos nesse mundo, não somos seres totalmente desprovidos de autonomia, consciência e habilidade de julgamento, temos a indelével liberdade de consciência para vivermos livres; O chamado livre arbítrio, mesmo estarmos vivendo uma vida artificial sem perceber, sobre o fantasma de um fantoche neste mesmo mundo criado pelos meios de comunicação de massa.

Saudação: Fim do Show

Analisando a telenovela

A objeto desta tarefa é a telenovela “Caminho das Índias”, exibida de segunda a sábado, pela emissora Rede Globo.



A novela fala sobre a cultura indiana, e seus marcos mais fortes e importantes, nela podemos ver trejeitos,

paixões proibidas, vestes, costumes e cultura divididas em dois núcleos brasileiro e indiano.

Tem em seus principais temas o sistema rígido de castas que proíbe as uniões conjugais de castas abaixo ou diferentes, cultura e religiosidade hindu, triângulos amorosos, casamentos arranjados, a longa preparação para um casamento, a questão do preconceito dos intocáveis ( Dalits), doenças mentais, exemplos de falta de estrutura familiar adequada que se reflete no comportamento, conflitos familiares e superstição, entre outros.





Os principais temas tratados durante essas duas semanas que eu estou acompanhando, são as situações finais da definição do caso de uma falsa morte, a descoberta da falsidade ideológica da vilã da trama, mentira de paternidade, conservadorismo indiano que afeta os relacionamentos.


Sobre a questão dos valores podemos notar com clareza a divisão dos costumes entre oriente e ocidente. Na Índia o apego pela formação do espírito e do ser é constante, os valores sociais permeiam-se no conflito entre uma Índia ao mesmo tempo dividindo a era "globalizada" e tradicional, em que se observa suas características rígidas e hierárquicas. Vivendo sobre a constante ameaça de desrespeitar os preceitos de sua cultura, abundam os clichês de exotismo, tendo seus mantras e rituais ironizados, sua tradição apresentada de forma grotesca.


Há também uma falsa ilusão sobre as considerações da mentalidade brasileira que ao acompanhar os capítulos, os consideram inferiores, na verdade a novela como a principal fonte de informação e é tida como verdades absolutas pela a maioria dos telespectadores, de forma burlesca que resolvem imaginá-los ironicamente como seres inferiores, meramente porque crêem em outra divindade, se casam de outro modo, praticam seus interesse baseados em outros princípios, e instruem seus filhos em convenção com isso.


A novela está influenciando a sociedade na questão de consumo, teve o aumento comprovado de consumo de artigos indianos, fabricação de produtos inspirados nessa estética, os personagens se caracterizam com indumentária de forma adequada, com gírias, costumes de tratamento, etc.


Tais quanto deturpados os valores indianos, estão presentes os valores brasileiros, além das histórias de amor nos deparamos com as denúncias sobre os costumes dos próprios brasileiros, são retratados ainda a ambição e a ganância, a busca desenfreada pela beleza e poder, inveja, preconceito em função de doença, o famoso “jeitinho brasileiro” de resolver um algo. Esta história permite que façamos um aprofundamento antropológico nas culturas indiana e brasileira, mas não quer dizer que tudo que se apresenta é fidedigno e contemporâneo.




No núcleo brasileiro também apresenta a cultura da boemia da Lapa, no RJ, miscigenação, diversidade e a cultura artística deste bairro.


Acredito que não há possibilidade de julgamento sobre uma cultura ou País a partir de uma novela. Se pudesse recrevê-la, trataria de uma Índia mais atual, mas talvez não tivesse muito Ibope, por que não falaria de romances impossíveis, falaria da liberdade de expressão, das condições de vida daquele povo, abrangeria aspectos políticos e econômicos, posso perceber que se trataria mais de um documentário, enfim, este folhetim oferece uma primeira impressão da Índia e apresenta uma abordagem superficial daquele país e de sua cultura.