terça-feira, 3 de junho de 2008

Realidade...



"O que havia no lugar da fotografia, antes da invenção da máquina fotográfica? A resposta esperada é a gravura, o desenho, a pintura.

A resposta mais reveladora poderia ser: a memória. O que as fotografias fazem no espaço foi previamente feito com a reflexão."

Poderíamos perguntar agora qual será o conteúdo da memória se não pudermos mais distinguir eventos e experiências simulados dos "reais"? Talvez a fusão do "real" e do "virtual" na arte, assim como na vida, venha a ser no futuro o que a fusão de "arte" e "cotidiano" foi no século XX.

Essa foi a afirmação em About Looking (1980)de John Berger; Achei muito interessante. Depois fiquei imaginando realmente, como a máquina fotográfica foi um boom na sociedade! Eu que nasci nos anos 80, já acho uma discrepância danada os adolescentes portando por aí mp3's e máquinas digitais que tanto trabalhei para adquirir.
No meu tempo de adolescencia máquina fotográfica(Ps: Nem sonhava na digital) só do papai ou da mamãe que não emprestava nem por um decreto!

Está tudo tão mais fácil e acessível, assustador as vezes.

A tecnologia digital, cuja ferramenta básica é o computador, abrange todas as áreas da arte contemporânea tecnologicamente envolvida, de filmes a fotografia, música
sintetizada, CD-ROMs e muito mais.
O novo poder que a tecnologia digital confere à imagem a torna infinitamente maleável. Antigamente, a informação visual era estática no sentido de que a imagem, embora passível de edição em filme ou capaz de ser incorporada a outras em uma montagem, era fixa. Uma vez transferida para a linguagem digital no computador, pode-se modificar cada elemento da imagem.

No computador, a imagem transforma-se em "informação", e todas as informações podem ser manipuladas.

Em cartaz essa semana:
Catalog [Catálogo] (1961).
Um curta-metragem composto por imagens abstratas computadorizadas, Catalog foi criado com antiquados equipamentos militares de computação.

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